PT lidera em desmatamento

 Artur Piva 10 - 10 - 2022 REVISTA OESTE


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | Foto: André Ribeiro/Estadão Conteúdo

O desmatamento da vegetação natural do Brasil ficou em uma média anual de quase 34 mil quilômetros quadrados (km²) nos primeiros dois anos de mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O resultado é o pior no levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados entre 2000 e 2020. O órgão divulgou os resultados nesta sexta-feira, 7.

De acordo com o IBGE, o Brasil possuía cerca de 5,534 milhões de km² de coberturas nativas, somando florestas e campos, em 2010. No mesmo ano, o PT indicou Dilma para a Presidência da República. Dois anos depois, a área preservada havia reduzido para 5,466 milhões de km². Ou seja: o desmatamento da vegetação natural nesse intervalo ficou próximo de 68 mil km².

Além disso, entre 2010 e 2016, a vegetação natural no Brasil perdeu quase 150 mil km² de extensão. Essa área é maior que a do Estado do Amapá (142 mil km²). O desmatamento ficou em quase 25 mil km² por ano ao longo desse intervalo — mais, por exemplo, que o território de Sergipe (21 mil km²).

De 2000 a 2010, a média anual de desmatamento da vegetação natural no Brasil foi de 32 mil km². Luiz Inácio Lula da Silva (PT) governou o país na maior parte desses anos (2003-2010).

O petista concorre nas eleições para o Planalto em 2022, mesmo depois de ter sido condenado por corrupção. Lula disputa o segundo turno com o presidente Jair Bolsonaro.

Desmatamento sem o governo do PT

Em 2018, quando terminou o mandato do ex-presidente Michel Temer (MDB), as florestas e campos naturais do país cobriam 5,367 milhões de km². Dois anos depois, em 2020, essa área havia perdido 23 mil km².

Desse modo, no período do governo Bolsonaro coberto pelo levantamento do IBGE, o desmatamento anual das áreas de vegetação natural do Brasil ficou em pouco menos de 12 mil km² — bem menos que nos governos do PT.

Entre 2000 e 2022, a média de redução ficou próxima de 26 mil km² por ano. Nesse intervalo, o Brasil perdeu 513 mil km² de mata nativa.

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