Ex-deputada americana: batidas de coração com 6 semanas são ‘sons manufaturados’

A ex-deputada Stacey Abrams (democrata-Geórgia) disse que as batidas do coração de um bebê de seis semanas de gestação não são reais, mas um “som fabricado, projetado” para tirar os direitos das mulheres. A informação foi divulgada, na quarta-feira 21, em um vídeo publicado nas redes sociais do partido Republicano.

“Não existem batimentos cardíacos em seis semanas”, afirmou a ex-parlamentar, enquanto participava de um painel de perguntas e respostas. “É um som fabricado projetado para convencer as pessoas de que os homens têm o direito de assumir o controle do corpo de uma mulher no lugar dela.”

Stacey está em uma nova campanha eleitoral, mas dessa vez quer se tornar governadora do Estado, depois de ter perdido a eleição de 2018. Conforme a organização sem fins lucrativos Charlotte Lozier Institute (CLI), o coração de um bebê começa a bater ativamente por volta das seis semanas de gestação. Entre a concepção e o nascimento do bebê, seu coração vai bater  cerca de 54 milhões de vezes, informou o CLI.

“Enquanto algumas pessoas afirmam falsamente que um bebê pré-nascido com seis semanas de gestação é apenas um aglomerado de células, a ciência demonstra que o bebê já é um ser humano complexo”, disse a médica Tara Sander Lee, pesquisadora e diretora da CLI, em entrevista ao portal Daily Wire. “O coração de um bebê pré-nascido está batendo ativamente com seis semanas e já terá batido quase 16 milhões de vezes em 15 semanas. De fato, com seis semanas de gestação, a frequência cardíaca do bebê é de cerca de 98 batimentos por minuto, o que pode ser facilmente detectado por ultra-som.”

A fala de Stacey poderia estar se referindo ao argumento de que o batimento cardíaco de um bebê com seis semanas de gestação pode ser descrito como “atividade cardíaca”, uma vez que o coração da criança ainda não possui as quatro câmaras necessárias formadas. Contudo, a ex-parlamentar não deixou isso claro em sua declaração.

Nas redes sociais, muitos internautas se indignaram com a democrata. “Stacey Abrams está defendendo uma teoria aqui de que as máquinas de ultrassom foram projetadas por uma cabala de homens, para fabricar uma batida sonora de propósito, a fim de convencer as mulheres a manterem gestações indesejadas”, escreveu Stephen L. Miller, colunista do New York Post.

Já o editor do Daily Wire Ben Shapiro, afirmou que a ex-parlamentar nega a ciência e a vida. “Ela não é apenas uma negadora das eleições, ela é uma negadora da ciência e da vida”, redigiu.