Médico americano morreu duas semanas após tomar vacina da Pfizer

Samara Barricelli - 24/09/2021 - Esmeril informação e cultura.
Causa da morte foi um AVC Hemorrágico devido à mesma doença que vitimou adolescente vacinado com dose da Pfizer em São Bernardo do Campo
Em 18 de dezembro de 2020, o Dr. Gregory Michael (56) foi vacinado com a primeira dose do imunizante anti-Covid-19 da Pfizer. Poucos dias depois, o médico teve Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PPT) – também conhecida por Púrpura Trombocitopênica Imunitária (PTI), como explicado pelo portal especializado Hematology, Transfusion and Cell Therapy – HTCT) -, falecendo 16 dias depois, após um AVC Hemorrágico.
Conforme o PEDMED (maior portal de atualização em Medicina no Brasil) há casos clínicos na literatura médica e científica apontando reações trombóticas pós-vacinação contra Covid-19 com doses do imunizante da AstraZeneca, como noticiado pela Esmeril News. Contudo, o caso do Dr. Gregory ocorreu após ter tomado o imunizante da Pfizer, que utiliza tecnologia diferente (RNA Mensageiro).
A farmacêutica americana negou qualquer relação entre seu produto e a morte do médico, mas garantiu que permaneceria investigando o caso junto aos Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Porém, especialistas afirmaram ao New York Times que o momento no qual o surgimento da doença e a morte ocorreram, principalmente em um homem relativamente jovem e sem comorbidades, significa que a relação entre a vacinação com a dose da Pfizer e o óbito é possível e (até) provável, logo, aguardariam a divulgação da análise do CDC.
A Vítima
O Dr. Gregory Michael tinha apenas 56 anos e era obstetra e ginecologista no Mt. Sinai Medical Center, em Miami, Flórida (EUA). Faleceu em 03 de janeiro de 2021, após duas semanas internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A doença que provocou o AVC Hemorrágico é considerada como rara e os sintomas surgiram poucos dias após a vacinação contra Covid-19 com o imunizante da Pfizer, segundo a esposa do médico, Heidi Neckelmann, noticiou a NBC Miami.
Causas naturais?
Também conforme a NBC Miami, o Miami-Dade County Medical Examiner’s teria reportado que a morte do Dr. Gregory ocorreu por ‘causas naturais’, dado que o AVC Hemorrágico foi causado pela púrpura trombocitopênica imunitária, independente dessa doença rara ter surgido em um homem saudável poucos dias após tomar a Pfizer.

O New York Post publicou a mesma informação, no entanto, nenhum dos veículos disponibilizou qualquer documento contendo uma análise clínica do caso. Contudo, o jornal informou que uma análise conjunta de amostras da autópsia do departamento de Saúde da Flórida e do CDC determinou que não há certeza médica de uma relação entre a vacina aplicada e a doença. Não houve confirmação de relação nem de não-relação.
Na época, havia 29 relatos anafilaxia e uma reação alérgica grave à vacinação com o imunizante da Pfizer, nos EUA, apurou o portal Boa Saúde.
Adolescente de São Bernardo do Campo
Segundo o portal R7, um adolescente de 16 anos, que foi vacinado contra a Covid-19 com dose do imunizante da Pfizer, em 25 de agosto de 2021, faleceu em 02 de setembro de 2021.
A farmacêutica americana reconheceu o caso em nota nesta quinta-feira (16), porém, informou que seguia investigando, mas acreditava que não há ligação entre a aplicação de seu produto e a morte.
O Ministério da Saúde também iniciou uma investigação do caso, segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, que reiterou a necessidade de “fazer toda uma investigação clínica laboratorial detalhada para verificar se essa associação temporal está relacionada à aplicação”.
Manifestação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Nesta sexta-feira (17), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES – SP) emitiu nota negando a relação entre a vacinação e o óbito, noticiou a CNN Brasil (que afirmou ser uma jovem, contrariando a informação inicial de que se trata de um jovem).
Apesar da causa da morte ser a Púrpura Trombótica Trombocitopênica e ter surgido poucos dias pós-vacinação com a dose da Pfizer, a Secretaria afirma que foi descartada a relação, após “análise de 70 especialistas“. A doença teria surgido sem causa definida, sendo mera coincidência.
Desses “70 especialistas”, somente foi revelado o nome do infectologista Eder Gatti, que teria coordenado a investigação, cujos documentos e relatório não estão disponíveis publicamente.
ANVISA contradiz SES-SP
Também segundo a CNN Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) informou que está apurando o caso. Em nota, a ANVISA afirmou que ainda não havia “uma relação causal definida entre esse caso e a administração da vacina“, contudo, “os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal“.
Com informações de HTCT, PEBMED, New York Times, NBC Miami, New York Post, Esmeril News, CNN Brasil, R7 e Boa Saúde
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— George Bernard Shaw