Governo rebate matéria e acusa revista de sugerir a morte de Bolsonaro

Cristyan Costa - Revista Oeste - 07/06/2021
A Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal se pronunciou sobre a mais recente matéria publicada pela revista The Economist. Conforme o órgão do Executivo, a publicação atacou o presidente da República e quis “influenciar os rumos políticos do Brasil”. A Secom acusou, ainda, a notícia Time do Go (hora de ir embora, em português) de ser “insana” e “sem ética”. Sob o título Brazil’s dismal decade (“A década sombria do Brasil, em tradução livre”), a capa apresenta uma montagem com a estátua do Cristo Redentor recebendo oxigênio, em alusão à epidemia de coronavírus.
“A narrativa do texto, em suma, é a seguinte: o presidente seria um ditador que estaria matando o próprio povo; seus apoiadores estariam dispostos à guerra civil e o Exército estaria disposto a intervir caso o presidente perca as próximas eleições”, salientou a Secom, em texto publicado nas redes sociais, no domingo 6. “A reportagem chega a afirmar que a solução seria eliminar o presidente: ‘A prioridade mais urgente é eliminá-lo’, afirmam. Vejam bem: não falam apenas em vencer nas urnas, destituir. Falam em eliminar. Estaria o artigo fazendo uma assustadora apologia ao homicídio do presidente?”, acrescentou a Secom.
Trechos dos Tuítes:
12. A narrativa do texto, em suma, é a seguinte: o Presidente seria um ditadoTuiter que estaria matando o próprio povo; seus apoiadores estariam dispostos à guerra civil e o Exército estaria disposto a intervir caso o Presidente perca as próximas eleições. +
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
21. Em outras palavras: parece que o desespero da Economist e do jornalismo militante, antidemocrático e irresponsável é para que o Presidente da República seja ELIMINADO o quanto antes, antes que ele e seu Governo concluam o excelente trabalho que fazem para o bem do Brasil.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021
23. Talvez, justamente por reconhecer nossos avanços, a Economist esteja tentando interferir em nossas questões domésticas e, segundo o texto, defenda a eliminação do Presidente que está livrando o Brasil da corrupção e da sujeição às oligarquias que a revista parece representar.
— SecomVc (@secomvc) June 6, 2021